A primeira vez que levei minha filha a escola...
Será que estou bem? Não... Acredito que não estou agindo
corretamente...
Meu bebê na escola! (sim, ela ainda é um bebê).
Meu Deus, me precipitei! Preciso sair daqui... Não! Acho que não dá
mais, todos vão ver.
Afinal, quem será a professora da minha filha? E se não a entender
quando tiver medo ou fizer birra?
Será que vai gritar com ela?
Se ela (a professora) for um amor, minha filha vai se apaixonar por
ela... E eu?
Como ficarei se gostar mais dela que de mim? Valha-me Deus!
Qual será a sala da minha filha?
Onde é o banheiro? Estará limpinho, cheiroso? Será que minha filha
dará altura na pia para lavar as mãozinhas?
E a merenda? Isso é sério gente! Será que ela vai saber abrir a
lancheira? Lá em casa cuido de tudo com tanto amor! Quando minha
pequena não come... faço aviãozinho para ela.
Minha filha será feliz aqui? Estará tão longe de mim...
Sentirei saudades.
Meu Deus, cadê minha filha? Mal virei o rosto... pude vê-la com uns
coleguinhas a tagarelar.
Mas os bebês não falam!
Logo percebi que minha filha não era mais um bebê, mas uma criança
capaz de se relacionar com outras pessoas e ficar em outros ambientes.
Afinal... crescer é ir de encontro a vida.
A vida não se resume apenas em mim e nela. A vida é dela!
Hoje ela ganhou asas para ir ao encontro de saberes novos e novas
aventuras.
- Meu Deus... Mas e se ela chorar? Sim... ela poderá chorar, afinal a
escola é novidade para ela.
Olhei para minha filha. Acenei me despedindo.
Orei a Deus: "Pai cuida bem da minha pequenininha, não deixe que nada
de mal aconteça a ela.
Desculpe-me pai, se fui egoísta... Mas minha filha é meu presente mais
precioso.
Minha essência...
Minha continuidade...
Ela é minha filha.
Abençoe também esta escola, pois ela receberá todos os dias várias
crianças, e dentre elas, a minha filha.
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*** Ufa! Quem nunca passou por isso, que atire a primeira pedra! ***